sábado, 9 de junho de 2012
DIANTE DA TERRA
DIANTE DA TERRA
Teríamos sido, porventura, situados na gleba do mundo para fugir de colaborar no
progresso do mundo, quando o mundo nos provê com todas as possibilidades
necessárias ao progresso de nós mesmos?
* * *
Muitos companheiros se marginalizam em descanso indébito, junto à seara, alegando que
não suportam os chamados problemas intermináveis do mundo; desejariam a estabilidade
e a harmonia por fora, a fim de se mostrarem satisfeitos na Terra, quando a harmonia e a
estabilidade devem morar por dentro de nós, de modo a que nossos encargos, à frente do
próximo, se façam corretamente cumpridos.
* * *
O mundo, em todo tempo, é uma casa em reforma, com a lei da mudança a lhe presidir
todos os movimentos, através de metamorfoses e dificuldades educativas.
* * *
O progresso é um caminho que avança. Daí, o imperativo de contarmos com oposições e
obstáculos toda vez que nos engajemos na edificação da felicidade geral.
Omissão, no entanto, é parada significando recuo.
Entendamo-nos na posição de obreiros, sob a pressão de crises renovadoras.
* * *
Todos faceamos permanente renovação, a cada passo da vida.
Nem tudo que tínhamos ontem por certo, nos quadros exteriores da experiência, continua
como sendo certo nas horas de hoje. Os ideais e objetivos prosseguem os mesmos, a nos
definirem aspiração e trabalho; entretanto, modificaram-se instrumentos e condições,
estruturas e circunstâncias.
* * *
A Terra, porém, nos pede cooperação no levantamento do bem de todos e a ordem não é
deserção e sim adaptação. Em suma, estamos chamados à vivência no mundo, a fim de
compreendermos e melhorarmos a vida em nós e em torno de nós, servindo ao mundo,
sem deixarmos de ser nós mesmos, e buscando a frente, mas sem perder o passo de
nossos contemporâneos, para que não venhamos a correr o risco de seguir para frente
demais .
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