sábado, 9 de junho de 2012
NOS DIAS DIFÍCEIS
NOS DIAS DIFÍCEIS
Nos dias difíceis, reflete nos outros dias difíceis que já se foram.
Depois de atravessados transes e lutas que supunhas insuperáveis, não soubeste
explicar a ti mesmo de que modo os venceste e de que fontes hauriste as forças
necessárias para te sustentares e refazeres, durante e depois das refregas sofridas.
* * *
Viste a doença no ente amado assumir gravidade estranha e sem que lograsses penetrar
o fenômeno em todos os detalhes, surgiu a medicação ou a providência ideais que a
arrebataram da morte.
Experimentaste a visitação do desânimo, à frente dos obstáculos que te gravaram a vida,
mas sem que te desses conta do amparo recebido, largaste o desalento das trevas e
regressaste à luz da esperança.
Crises do sentimento que se te afiguravam invencíveis, pelo teor de angústia com que te
alcançaram o imo da alma, desapareceram como por encanto sem que conseguisses
definir a intervenção libertadora que te restituiu à tranqüilidade.
Sofreste a ausência de seres imensamente queridos, chamados pela desencarnação, por
tarefas inadiáveis, a outras faixas de experiência. No entanto, sem que dependesses
qualquer esforço, outras almas abençoadas apareceram, passando a nutrir-te o coração
com edificante apoio afetivo.
* * *
Tudo isso, entretanto, sucedeu porque persististe na fé, aguardando e confiando,
trabalhando e servindo, sem te entregares à deserção ou à derrota, ofertando ensejo à
Bondade de Deus para agir em teu benefício.
Nas dificuldades em andamento, considera as dificuldades que já venceste e
compreenderás que Deus, cujo infinito amor te sustentou ontem, sustentará também hoje.
Para isso, porém, é imperioso permanecermos fiéis ao cumprimento de nossas
obrigações, de vez que a paciência, no centro delas, é o dom de esperar por Deus,
cooperando com Deus sem atrapalhar.
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