sábado, 9 de junho de 2012
PACIÊNCIA E VIDA
PACIÊNCIA E VIDA
Estudo necessário da paciência: observar cada um de nós face a própria conduta nas
relações humanas e no reduto doméstico.
* * *
Sabemos compreender habitualmente os assaltos morais de inimigos gratuitos,
obrigando-nos a refletir quanto à melhor forma de auxiliá-los para que se renovem
construtivamente em seus pontos de vista, e, em muitos casos, esbravejamos contra o
desagrado de uma criança que a doença incomoda.
* * *
Aprendemos a suportar com serenidade e entendimento, prejuízos enormes da parte de
amigos, nos quais depositávamos confiança e carinho, buscando encontrar modo seguro
de ajudá-los para o resgate preciso e, muitas vezes, condenamos asperamente pequenas
despesas naturais de entes queridos, credores insofismáveis de nosso reconhecimento e
ternura.
* * *
A tolerância para com superiores e subalternos, colegas e associados, familiares e
amigos íntimos é realmente o recurso da vida em que se nos erige o metro do burilamento
moral. Isso porque, conquanto a beneficência se mostre sempre sublime e respeitável, em
todas as suas manifestações e atributos, é sempre muito mais fácil colaborar em
campanhas públicas em auxílio da Humanidade ou prestigiar pessoas
com as quais não estejamos ligados por vínculos de compromisso e obrigação que tolerar
com calma e compreensão, os contratempos mínimos e as diminutas humilhações no
ambiente individual.
Paciência por isso mesmo, em sua luminosa autenticidade Há de ser aprendida, sentida,
sofrida, exercitada e consolidada junto daqueles que nos povoam as áreas do dia-a-dia,
se quisermos esculpi-la por realização imorredoura no mundo da própria alma.
* * *
Proclamemos e ensinemos quanto nos seja possível os méritos da paciência, no entanto,
examinemos as próprias reações da experiência íntima à frente de quantos nos
compartilham a luta cotidiana, na condição de sócios da parentela e do trabalho, do ideal
e das tarefas de cada dia e, perguntemos com sinceridade a nós próprios se estamos
usando de paciência para com eles e para com todos os outros companheiros da
Humanidade, assim como estamos incessantemente tolerados e amparados pela
paciência de Deus.
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