segunda-feira, 11 de junho de 2012

Aprender e refazer



Aprender e refazer

Todos os Espíritos desencarnados, que se atrasam em
pesadelos da revolta, acordam, um dia.
Surge-lhes o arrependimento, no âmago do ser, em lágrimas
jubilosas, quais se fossem prisioneiros repentinamente libertos.
Derruída a masmorra de trevas em que jaziam encadeados,
respiram, enfim, a grande emancipação, junto dos amigos que
lhes estendem os braços. Observam, porém, a sombra que ainda
carregam, contrastando com a luz em que se banham,
transfigurados, e que suspiram por merecer; sentem-se, aí, na
condição de pássaros mutilados, a reconhecerem o valor da
experiência física em que lhes cabe refazer as próprias asas, e
volvem, ansiosos, à procura do antigo ninho de serviço e de
amor, que os alente e restaure. Quase sempre, contudo, ensejos
passaram, paisagens queridas alteraram-se totalmente,
facilidades sumiram e afetos abandonados evoluíram noutros
rumos...
Ainda assim, é necessário lutar na conquista do recomeço.
Personalidades do poder transitório, que abusaram do povo,
assistem às privações das classes humildes, verificando o
martírio silencioso dos que se levantam cada dia, para a
contemplação da própria miséria; avarentos que rolaram no ouro
regressam às paredes amoedadas dos descendentes,
acompanhando os mendigos que lhes recorrem à caridade,
anotando quanto dói suplicar migalha a corações petrificados no
orgulho; escritores que se faziam especialistas da calúnia ou do
escândalo tornam à presença dos seus próprios leitores,
examinando os entorpecentes e corrosivos mentais que
segregavam, impunes; pais e mães displicentes ou desumanos
voltam ao reduto doméstico dos rebentos desorientados,
considerando as raízes da viciação ou da crueldade, plantadas
por eles mesmos; malfeitores, que caíram na delinqüência,
socorrem as vítimas de criminosos vulgares, avaliando os
processos de sofrimento com que supliciavam a carne e a alma
dos semelhantes...
Mas isso não basta.
Depois do aprendizado, é preciso retomar o campo de ação,
renascer e ressarcir, progredir e aprimorar, solvendo débito por
débito perante a Lei.
*
Companheiro do mundo, se o conhecimento da reencarnação
já te felicita, sabes que a existência na Terra é preciosa bolsa de
trabalho e de estudo, com amplos recursos de pagamento.
Assim pois, seja qual seja a provação que te assinala o
caminho, sofre, amando, e agradece a Aprender e refazer
Reunião pública de 9-6-61
1ª Parte, cap. IX, item 21
Todos os Espíritos desencarnados, que se atrasam em
pesadelos da revolta, acordam, um dia.
Surge-lhes o arrependimento, no âmago do ser, em lágrimas
jubilosas, quais se fossem prisioneiros repentinamente libertos.
Derruída a masmorra de trevas em que jaziam encadeados,
respiram, enfim, a grande emancipação, junto dos amigos que
lhes estendem os braços. Observam, porém, a sombra que ainda
carregam, contrastando com a luz em que se banham,
transfigurados, e que suspiram por merecer; sentem-se, aí, na
condição de pássaros mutilados, a reconhecerem o valor da
experiência física em que lhes cabe refazer as próprias asas, e
volvem, ansiosos, à procura do antigo ninho de serviço e de
amor, que os alente e restaure. Quase sempre, contudo, ensejos
passaram, paisagens queridas alteraram-se totalmente,
facilidades sumiram e afetos abandonados evoluíram noutros
rumos...
Ainda assim, é necessário lutar na conquista do recomeço.
Personalidades do poder transitório, que abusaram do povo,
assistem às privações das classes humildes, verificando o
martírio silencioso dos que se levantam cada dia, para a
contemplação da própria miséria; avarentos que rolaram no ouro
regressam às paredes amoedadas dos descendentes,
acompanhando os mendigos que lhes recorrem à caridade,
anotando quanto dói suplicar migalha a corações petrificados no
orgulho; escritores que se faziam especialistas da calúnia ou do
escândalo tornam à presença dos seus próprios leitores,
examinando os entorpecentes e corrosivos mentais que
segregavam, impunes; pais e mães displicentes ou desumanos
voltam ao reduto doméstico dos rebentos desorientados,
considerando as raízes da viciação ou da crueldade, plantadas
por eles mesmos; malfeitores, que caíram na delinqüência,
socorrem as vítimas de criminosos vulgares, avaliando os
processos de sofrimento com que supliciavam a carne e a alma
dos semelhantes...
Mas isso não basta.
Depois do aprendizado, é preciso retomar o campo de ação,
renascer e ressarcir, progredir e aprimorar, solvendo débito por
débito perante a Lei.
*
Companheiro do mundo, se o conhecimento da reencarnação
já te felicita, sabes que a existência na Terra é preciosa bolsa de
trabalho e de estudo, com amplos recursos de pagamento.
Assim pois, seja qual seja a provação que te assinala o
caminho, sofre, amando, e agradece a deus .

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