sábado, 26 de maio de 2012

Tarefas humildes


 

Tarefas humildes

Anseias, em verdade, pela grande sublimação.
Anotaste a biografia dos paladinos da solidariedade e
ambicionas comungar-lhes a experiência.
Choraste, sob forte emoção, ao conhecer-lhes a vida, nos
lances mais duros, e quiseras igualmente desprender o coração
de todos os laços inferiores.
*
Recordas Vicente de Paulo, o herói da beneficência,
olvidando possibilidades de dominação política, a fim de
proteger os necessitados.
Pensas em Florence Nightingale, a mulher admirável que
esteve quase um século entre os homens, dedicando-se aos
feridos e aos doentes, sem quaisquer intenções subalternas.
Refletes em Damião, o apóstolo que se esqueceu da própria
mocidade, para entregar-se ao conforto dos nossos irmãos
enfermos de Molokai.
Meditas em Gandhi, o missionário da não-violência, que
renunciou a todos os privilégios, a fim de ajudar a libertação do
povo.
*
Sabes que todos os campeões da fraternidade no mundo
nunca se acomodaram a expectação improdutiva. Em razão
disso, estimarias seguir-lhes, imediatamente, o rastro luminoso;
entretanto, trazes ainda a alma presa a pequeninas obrigações
que não podes menosprezar... Não te amofines, porém, diante
delas. Todas as dificuldades e todos os dissabores do caminho
terrestre são provas e medidas da tua capacidade moral para a
Estrada Gloriosa.
Chão relvoso é começo de floresta.
Humanidade é sementeira de angelitude.
Penetremos o bem verdadeiro para que o bem verdadeiro
penetre em nós.
É indispensável que o espírito aprenda a ser grande nas
tarefas humildes, para que saiba ser humilde nas grandes tarefas.
Na relatividade dos conceitos humanos, ninguém, na Terra,
pode ser bom para todos; contudo, ninguém existe que não possa
iniciar-se, desde já, na virtude, sendo bom para alguém.


QUE A FORÇA ESTEJA COM VOÇÊ !

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