quarta-feira, 29 de agosto de 2012

PARENTES MORTOS


PARENTES MORTOS

Não olvides que além da morte continua vivendo e lutando o espírito
amado que partiu...
Tuas lágrimas são gotas de fel em sua taça de esperança.
Tuas aflições são espinhos a se lhe implantarem no coração.
*
Tua mágoa destrutiva é como neve de angústia a congelar-lhe os
sonhos.
Tua tristeza é sombra a escurecer-lhe a nova senda.
*
Por mais que a separação te lacere a alma sensível , levanta-te e
segue para a frente, honrando-lhe a confiança com a fiel execução das tarefas
que o mundo te reservou.
*
Não vale a deserção do sofrimento, porque a fuga é sempre a
dilatação do labirinto que nos arroja à invigilancia, compelindo-nos a
despender longo tempo na recuperação do rumo certo.
*
Recorda que a lei de renovação atinge a todos e auxilia quem te
antecedeu na grande viagem com o valor de tua renuncia e com a fortaleza de
tua fé, sem esmorecer no trabalho – nosso invariável caminho para o triunfo.
*
Converte a dor em lição e a saudade em consolo porque, de outros
domínios vibratórios, as afeições inesquecíveis te acompanham os passos,
regozijando-se com as outras tuas vitórias solitárias, portas adentro de teu
mundo interior.
*
Todas as provas objetivam o aperfeiçoamento do aprendize, por
enquanto, não passamos de meros aprendizes na Terra, amealhando o
conhecimento e a virtude, em gradativa e laboriosa ascensão para a Vida
Eterna.
Deus, a Suprema Sabedoria e a Suprema Bondade, não criaria a
inteligência e o amor, a beleza e a vida, para arremessá-la às trevas.
*
Repara em torno dos teus próprios passos. A cada noite no mundo,
segue-se o esplendor do alvorecer.
O inverno áspero é sucedido pela primavera estuante de renascimento
e floração.
*
A lagarta, que hoje se arrasta no solo, amanhã librará em pleno
espaço com asas multicores de borboleta.
Nada perece.
Tudo se transforma na direção do Infinito Bem.
*
Compreendendo, desta forma, a Verdade, entesourando-lhe as
bênçãos, aprendamos a encontrar na morte o grande portal da vida e
estaremos incorporando, em nosso próprio espírito, a luz inextinguível da
Gloriosa Imortalidade

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